sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Divagações...

E quando eu pensei que não sabia mais escrever... surgiu isso, numa aula de redação totalmente despretensiosa.
Era pra ser uma dissertação, mas só saiu isso...
Não era bem o que eu queria, mas... Eu gostei, e está aí.
Eu que fiz! ;D

Devaneio

Tantos sonhos brotam de uma cabeça jovem.
E, depois, como se perdem?

Mas... se perdem? Ou a gente é que os esconde?
Tão escondidinhos e apertados num canto
Que a gente às vezes dá com um pedaço atrevido saltado pra fora
E olha com nostalgia, até com certa esperança.

Mas aí o trem pára, a gente diz "Ah, que bobagem!"
E vai trabalhar.

***

Esta semana foi meu aniversário... =)
18 aninhos!!
Primeiro teve bagunça no cursinho, depois reunião de família... Comi muito bolo, pizza, pavê... muita coisa gostosaaa xD

Bom demaaaaaais!!!

***

Lá vou eu (Rita Lee/ Luiz Sérgio)

Num apartamento perdido na cidade
Alguém está tentando acreditar
Que as coisas vão melhorar ultimamente
A gente não consegue ficar indiferente
Debaixo deste céu
No meu apartamento
Você não sabe o quanto voei,
O quanto me aproximei de lá da terra
As luzes da cidade não chegam às estrelas
Sem antes me buscar

Na medida do impossível
Tá dando pra se viver
Na cidade de São Paulo
O amor é imprevisível como você, e eu, e o céu


***

A setembrite já me ataca.
Eu já sou uma estudante cansada, carente, irritada, com a auto-estima oscilando mais pra baixo que pra cima. Instável, enfim!
Espero que não evolua!!!
Eu já me sinto mal o suficiente assim!

Tenho pena das pessoas à minha volta... Me perdoem, por favor!
Eu estou fazendo tudo o que eu posso pra contornar, pra conter isso!
Conto com a compreensão de todos.

Qualquer hora dessas eu volto ;)

domingo, 10 de setembro de 2006

The same old stuff

"Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia de silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e sons...
Tem certas coisas que eu não sei dizer" (Lulu Santos/Nelson Motta)

"Eu só quero que você me queira...
Não leve a mal" (Os Mutantes)

***

Hoje entreguei o formulário de inscrição da Fuvest.
Que medo!!

No final preenchi o campo da carreira com Medicina mesmo - não consegui pensar em mais nada pra pôr...

E, de certo modo, concluir a incrição me aliviou um pouco.
Quero dizer, ainda tenho receio de ter me enganado, mas agora já foi! O que não tem remédio, remediado está! =)

Espero ter tomado a decisão certa...

***

Fotolog atualizado também (com dúvidas existenciais e vazios pseudo-filosóficos - ninguém merece!!)

***

"(...)[pareço ser segura]; no fundo, sou frágil, incerta, descontrolada." (Clarice Lispector)

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

=)

"I gave you my music
Made your song take wing
And now, how you repaid me:
Denied me and betrayed me.
He was bound to love you
When he heard you sing" (in The Phantom of the Opera)


Certas coisas me parecem tão injustas... E me deixam com raiva, meio triste... Mas não sei bem dizer. Será que certas coisas nunca mudam mesmo?
E, se for, o que é que eu faço com a minha esperança? Uma esperança meio derrubada às vezes, apertada no meio de tantas outras coisas que eu carrego em mim, mas que, apesar de tudo, ainda resiste lá no fundo, se levanta e me faz acreditar que as coisas podem ter um fim melhor. Então, o que é que eu faço com ela? Luto por ela, luto contra ela?
Vou procurando respostas...

***

Dias, semanas, meses inteiros me dedicando a algo que eu não sei bem o que é. O que é que eu faço da minha vida? E se eu me perder nessa decisão? E se eu errar, se eu me enganar, se eu tropeçar?
Eu estou mantendo a calma, mas tenho medo. Tenho medo.

***

Obrigada ao Alê pelo papo rápido sobre "vocações". A insegurança não sumiu (e será que algum dia vai?!), mas eu me sinto um pouco mais confortada agora. =)

E, a propósito...

Obrigada às pessoas que entenderam a minha ausência, minha distância.
Obrigada às que entendem, principalmente, que isso não faz com que eu as ame menos.

Obrigada àqueles que estão passando por tudo isso junto comigo.
Obrigada aos que - apesar da correria, da insegurança, da confusão emocional - percebem que as coisas não são fáceis, mas que com compreensão e amizade tudo pode se tornar melhor pra todos.

=)

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Quanto tempo!!!

PC podre e eu sem tempo... a vida social vai se extinguindo aos poucos!!
Mas semana que vem, férias!!! E como eu estou precisando...

Mas, hoje, só um desabafo (como diria o fofíssimo Jordy!)

[Pode até nem parecer, mas eu preciso ouvir às vezes o quanto você gosta de mim. E, mais, preciso sentir isso.

Ultimamente tenho sentido isso tão pouco.
Me sinto por vezes invisível, tamanho o descaso em algumas situações...
Achei (e acho às vezes ainda - será?) que você, no fundo, não se preocupasse realmente com o que sinto...

Eu tenho tanto medo... Tanto medo...]

domingo, 30 de abril de 2006

Cantando, cantando, cantando uma música atrás da outra.
Porque a música parece ter um poder de redenção, uma força que nem sei.
Canto, canto, canto...

"Certas canções que ouço cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece: como não fui eu que fiz?
Certa emoção me alcança, corta minha alma sem dor
Certas canções me chegam como se fosse o amor"

***

E você nem sabe o quanto eu me preocupo...

E você nem imagina o quanto isso me aflige...

Você não faz idéia de como é difícil pra mim.

Mas talvez... talvez você saiba, você imagine, você faça idéia de tudo isso...

Mas talvez nem ligue.

E acho que isso... ah, acho que isso é o que mais me preocupa.

O que mais me aflige.

O que torna as coisas ainda mais e mais difíceis.

Será?!

***

"I'm looking for a song to sing. I'm looking for a friend to borrow"

sexta-feira, 17 de março de 2006

Despertar mais ou menos às 5h15.
Quase uma hora de transporte público na ida.
Carteiras absurdamente desconfortáveis.
Horas e horas de estudo, ao qual eu não estou nem um pouco acostumada.
Mais de uma hora de transporte público na volta.
Preparar lições e speech pro inglês.
Ter energia pra ir pra academia (minha coluna e meus joelhos agradecem quando eu o faço!).

Imagina só, pra quem não fazia absolutamente nada há uma semana, pra quem nunca soube o que era estudar horas a fio, pra quem tinha horas e horas livres, o que significa esse novo ritmo de vida. É o meu caso.
A partir daí, fica fácil imaginar o meu estado. Mal deu 22h e eu já estou caindo de sono - manter os olhos abertos é um desafio. Minha pouca atividade social está ainda mais reduzida. Meus músculos, minha coluna, meus olhos, meu cérebro: está tudo meio inerte, implorando por descanso.

Não que só haja desvantagens. As aulas são fantásticas, gostei muito dos professores, estou conhecendo gente legal, bebendo mais água (*rins muito alegres*), aprendendo a estudar pra valer... E passar por isso com o Fê e a Vani é realmente uma dádiva.
Não tenho mais tanto tempo pra dedicar a outros amigos, que não me acompanham nessa luta diária que é ser vestibulando (ai... saudade de tanta gente!). Estou numa canseira danada. Mas estou feliz com as aulas, com tudo.

Eu chego em casa com aquele ar fatigado, o cansaço estampado no rosto. Mas não é cansaço puro e simples. É uma sensação engraçada - mistura de cansaço com uma ponta de orgulho, de alegria por saber que eu, desta vez, estou me esforçando pra superar minhas próprias expectativas. Ai, isso me deixa tão feliz!!! :oD

sábado, 25 de fevereiro de 2006

Mudança de planos

Expectativas contrariadas: eu vou viajar no Carnaval. E só volto no próximo domingo.
Estou levando um estoque de filmes e livros, a ser somado ao estoque de LPs que tenho lá no sítio - pra não correr o risco de aumentar meu tédio a proporções estratosféricas.

Desejo um ótimo feriado pra todos (inclusive pra mim!)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

...

Parece que, desta vez, vou ficar em São Paulo no Carnaval. Mas televisão está, definitivamente, fora dos meus planos.
Se tem algo que eu não suporto é no Carnaval é essa obsessão da mídia (mais especificamente, da televisão): parece que não sabem falar de outra coisa, é como se nada mais no mundo importasse! Enquanto milhares de coisas mais sérias acontecem no país, a mídia considera "tragédia" o incêndio de carros alegóricos.
No Natal é a mesma coisa, só que no Carnaval me irrita mais.
Eu não quero saber o que aconteceu com os carros alegóricos, não quero assistir a exibições de mulheres semi-nuas, não quero aprender a personalizar meu abadá ou coisa que o valha, não quero saber o que as celebridades vão fazer no Carnaval. Mas parece inevitável.
Me sinto uma herege por dizer isso no país do Carnaval, mas tem horas em que eu quero fugir pra onde eu não tenha que ouvir falar dos desfiles, dos enredos, das malditas notas das escolas de samba. Vamos pra Paris?! ;D

***

Eu sinto saudade é dos bailes de Carnaval da AABB... fantasia, confete, serpentina... adorava!!

***

"Se você fosse sincera, ôôôô, Aurora! Veja só que bom que era, ôôôô, Aurora!" (essa é pra Camomila... hahahaha)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

E não é que já faz 11 anos?!! =D (à Maira)

Faz uns 5 anos que eu não vejo a Maira... a última vez que a gente se viu foi na 7ª série, em 2001. Mas nos falamos pelo telefone pelo menos uma vez por ano: todo dia 22 de fevereiro, impreterivelmente, eu telefono pra ela. E, pra minha eterna surpresa, ela sempre reconhece a minha voz. Assim que eu digo "Maira?!", ela dá uma pequena pausa e diz: "Lívia!!". É impressionante.

Conheço a Maira desde a primeira série. Ela era muito minha amiga naquela época. Depois de uns 3 anos, ela saiu da escola e só voltou na 7ª série. Por algum tipo de coincidência (??!), o único lugar disponível na classe quando eu cheguei era do lado dela. Ela não ficou nem um mês estudando com a gente. Mas depois disso, a gente meio que se comprometeu a não perder o contato - e até hoje a gente se fala. E, mesmo que muitos digam que minha voz mudou, ela sempre fala que não tem como esquecer a minha voz.

Puxa vida, puxa vida... Depois de onze anos - alguns dos quais nós estivemos distantes uma da outra -, ela não esquece da minha voz, e fica toda alegre quando eu ligo no aniversário dela. E, embora seja aniversário dela, eu é que me sinto presenteada. Porque tem presente maior do que você sentir que deu alegria a alguém que você gosta?!!


Aproveito pra registrar meus Parabéns pra ela, que hoje faz 18 anos, e pra desejar toda a felicidade que ela certamente merece... =))

***

Às vezes eu acho que pareço sentimental demais... mas, bah!, tem ocasiões e pessoas que exigem que eu expresse todo o meu apreço!! ;o)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Desabafos de última hora

Quer saber?!!!
Já que eu não consigo escrever um texto decente que sintetize o que se passa comigo hoje, vou aproveitar pra colocar fragmentos do que anda me assombrando... porque eu preciso dar vazão a isso de alguma forma!

Obs.: as frases entre "aspas" são trechos de músicas. As frases entre [colchetes] são pensamentos e idéias próprias, saíram de dentro desta cabecinha aqui. Já as frases entre *asteriscos* são acessos de irritação mesmo.

"Ando tão à flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar (...) Barco sem porto, sem rumo, sem vela. Cavalo sem sela, bicho solto, cão sem dono, menino bandido. Às vezes me preservo, n'outras suicido" (Flor da Pele, Zeca Baleiro)

*Não enche!!!*

"Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz" (Confesso, Ana Carolina)

[Como é que eu posso ter medo de ficar sozinha quando tem tanta gente que parece gostar de mim? Que direito eu tenho de me sentir triste com tanto amor ao meu redor?]

[Ai, que vontade de chorar]

*VaI PrO InFeRnOoOoO!!!!*

"Who am I to be blue? Look at my family and fortune, look at my friends and my house. (...) And why do I feel so ungrateful?" (Offer, Alanis Morissette)

[-Se eu continuar desse jeito, eu me atiro pela janela antes do final de semana.
-Não. Me atirar pela janela não. Com o medo que eu tenho de altura, não vou conseguir nem me debruçar na janela, quanto mais me jogar!
-Verdade. Tem razão. Mas, como essas estupidezes vieram parar na minha cabeça?
-Sei lá. Deve ser falta do que fazer, excesso de tempo pra pensar besteria. "O ócio é a oficina do diabo".
-Pode ser... será que eu tô ficando louca?
-Acho que não. Loucos não costumam ter consciência de que estão loucos. Ou pelo menos é o que dizem!]

[Estupidezes. Adoro essa palavra]

*Apapoutakeparíu!! >=( *

[Eu não entendo. Definitivamente, eu não consigo entender. Não entendo, não entendo, não entendo. E quem é que pode me explicar?]

Ah... sei lá...

Sempre que vejo pessoas de muita idade, fico olhando e tentando imaginar como será que elas eram quando jovens: o que será que pensavam? Quais seriam seus hábitos, seus sonhos, suas paixões, seus ideais? Como seria essa pele, esse cabelo, esse sorriso há tantos anos atrás?
E, mais, como será que eu vou estar quando chegar a essa idade? O que terá acontecido com minhas idéias, meus hábitos, meus sonhos, minhas paixões, meus ideais?

Aliás... quais são minhas idéias, meus sonhos, minhas paixões, meus ideais?? Às vezes eu penso que não sei...

Umas dúvidas, uns receios, incertezas que eu não sei de onde vêm - e penso que não têm muita razão de ser... ah, sei lá!

***

*Onde Deus possa me ouvir*
(Vander Lee)

Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Que não perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo o desengano
Mas a vida anda louca, as pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender por que se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem e se combatem sem saber

Meu amor, deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Adeus

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Papéis, papéis, papéis... e quantas lembranças!

Arrumar as minhas bagunças, meus milhares de papéis espalhados por aí, sempre me traz nostalgia... Uma arrumação que levaria pouco tempo acaba se estendendo por horas, porque eu fico lendo e relendo bilhetes, desabafos, citações, declarações, recados, mensagens em código - e sempre acabo dando uma paradinha pra relembrar tudo o que envolveu aquelas palavras, toda a situação que me levou a escrever aquelas notas aparentemente sem nexo...

Desta vez, resolvi me desfazer de livros, apostilas e anotações escolares. E não raro me deparava com palavras soltas nas páginas, desenhos, coisas que pouca gente entenderia - mas que me trouxeram tantas boas lembranças que, quando me dei conta, eu estava sentada no chão, com um monte de papéis à minha volta, rindo de tudo o que aconteceu nesse ano...

O grande problema dessas arrumações é que eu acabo não querendo jogar nada fora - quero manter aqueles pedaços de memória, aqueles registros de como foram boas as coisas que passaram. No fim, eu acabo me convencendo de que minhas boas lembranças não dependem de papéis e de bilhetes (embora seja delicioso revisitá-los de vez em quando), e jogo a maior parte fora - com uma certa dor no coração, confesso ;oP

Mas alguns... ah, alguns eu tenho que guardar! Como os cartões que Camila, Giu e Jessica me mandaram na 7ª série (todos em código), a lista de "elogios" que o Felipe gostava de me fazer (e que eu ainda vou usar contra ele, huhuhuhu), os desenhos que a Camila fazia nas minhas apostilas (o senhor Castor!!!), a última prova de História que eu fiz no ST (cheia de recadinhos meus e da Tati pra Silene), as muitas cartinhas...

E mesmo contra a vontade da minha mãe - que não gosta nada de ver a "papelada" se amontoando por aí -, certos papéis permanecem intactos mesmo após muitas limpezas: as provas documentais de muitos, muitos bons momentos! =)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Sharing lives...

"Éramos três velhos amigos, e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali. (...) Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se o tempo todo tivéssemos feito isso."
(Trecho de "Os Amigos na Praia", de Rubem Braga)

Amizade é um negócio muito muito legal, né não?! Neste final de semana eu pude reafirmar isso, pude sentir como é forte o vínculo entre certos amigos, pude ver que passar mais de um ano distante de alguém não necessariamente diminui a importância e o sentimento que vocês têm um pelo outro.

Quem é que poderia imaginar, em meados de 2001, na 7ª série, que cinco anos depois nós estaríamos ainda juntas, rindo das mesmas coisas (e de outras), nos divertindo como antes, falando de Harry Potter, dizendo bobagens, reunidas "como nos velhos tempos"?!!

Houve um tempo em que eu tinha medo de esquecer, de ser esquecida, de olhar fotos dos tempos de escola e não lembrar dos nomes de gente que um dia foi importante pra mim. Mas aí eu vi que certas coisas a gente não esquece: elas fazem parte de quem a gente é.

Quem tem amigos nunca está só, indepentende da quantidade de pessoas ou de problemas ao seu redor. Por piores que as coisas estejam (ou pareçam), aquele que é amigo sempre encontra refúgio na amizade em si - um alento mesmo no mais denso dos ares.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Ai, que alívio...

Tá bom, tá bom.
Sei que ninguém neste planeta vai entender de verdade por que eu estou aliviada (sim, aliviada) por não ter passado na Unesp.
A hora em que a Carol me disse que o resultado já tinha saído, eu fui olhar as listas com a maior ansiedade, e totalmente dividida: porque ia ser o máximo passar em Medicina na Unesp, mas eu estava super insegura quanto a ir morar em Botucatu tão já.
Procurei, procurei, mas não achei meu nome em nenhuma das listas (nem na de convocados, nem na de espera). E aí eu me senti mais tranqüila.

Agora, explico:

Não que eu não quisesse passar em Medicina onde quer que fosse, ou que eu ache que a Unesp não é tão boa como as outras que eu tinha prestado (Unifesp, Usp e Unicamp).
Só que passar na Unesp implicaria em uma mudança pra Botucatu (!), e a curto prazo (!!)... Ou seja: daqui a um mês eu estaria em uma cidade completamente nova, a mais de 200km da minha casa, sozinha e tendo que me virar. Pra muitos pode ser um sonho, a coisa mais desejada do mundo. Mas não pra mim - pelo menos por enquanto.
Eu sei que pode ser muito bom pra mim fazer faculdade em outra cidade, porque ia me fazer ficar menos dependente da minha família pra tudo, menos enraizada a esta casa, aos amigos de sempre, a estes caminhos da minha vida inteira. Mas eu não sei se quero me livrar dessas raízes tão cedo.
Então dei graças a Deus por não ter sido convocada desta vez, e ganhar mais um ano de prazo pra escolher os meus novos rumos .

Etapa, aí vou euuuuuuuu!!! :oD

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Atenção, senhores passageiros:

Apertem os cintos: vamos iniciar o processo de decolagem. Coloquem suas poltronas na posição vertical e não se esqueçam de fechar e travar suas mesinhas. Em caso de emergência, existem duas saídas à frente da aeronave, quatro dos lados, e duas na parte posterior - sigam as instruções dos comissários e mantenham a calma.Em caso de despressurização da aeronave, máscaras de oxigênio cairão automaticamente sobre suas cabeças. Coloque-a sobre o nariz e a boca, e respire normalmente. Em caso de aquaplanagem, retire o colete salva-vidas que se encontra embaixo do banco, vista-o e puxe as cordas para inflar. Caso não infle, assopre no bocal que fica sobre o ombro direito de cada colete. Caso alguém que esteja sentado próximo às saídas de emergência deseje mais instruções, ou deseje trocar de lugar, consulte nossos comissários.Para mais informações, leiam o folheto explicativo à sua frente, dentro dos bolsões em cada banco. Boa Viagem!

(Seria muito mais legal se desse pra ver a comissária fazendo as demonstrações, mas tudo bem. Não consigo entender por que nunca consegui decorar tudo o que eles dizem - quero dizer, tenho uma idéia clara, mas nunca sei que palavras eles usam. Queria saber, pra acrescentar mais isso ao meu acervo de cultura inútil.)