sábado, 25 de fevereiro de 2006

Mudança de planos

Expectativas contrariadas: eu vou viajar no Carnaval. E só volto no próximo domingo.
Estou levando um estoque de filmes e livros, a ser somado ao estoque de LPs que tenho lá no sítio - pra não correr o risco de aumentar meu tédio a proporções estratosféricas.

Desejo um ótimo feriado pra todos (inclusive pra mim!)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

...

Parece que, desta vez, vou ficar em São Paulo no Carnaval. Mas televisão está, definitivamente, fora dos meus planos.
Se tem algo que eu não suporto é no Carnaval é essa obsessão da mídia (mais especificamente, da televisão): parece que não sabem falar de outra coisa, é como se nada mais no mundo importasse! Enquanto milhares de coisas mais sérias acontecem no país, a mídia considera "tragédia" o incêndio de carros alegóricos.
No Natal é a mesma coisa, só que no Carnaval me irrita mais.
Eu não quero saber o que aconteceu com os carros alegóricos, não quero assistir a exibições de mulheres semi-nuas, não quero aprender a personalizar meu abadá ou coisa que o valha, não quero saber o que as celebridades vão fazer no Carnaval. Mas parece inevitável.
Me sinto uma herege por dizer isso no país do Carnaval, mas tem horas em que eu quero fugir pra onde eu não tenha que ouvir falar dos desfiles, dos enredos, das malditas notas das escolas de samba. Vamos pra Paris?! ;D

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Eu sinto saudade é dos bailes de Carnaval da AABB... fantasia, confete, serpentina... adorava!!

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"Se você fosse sincera, ôôôô, Aurora! Veja só que bom que era, ôôôô, Aurora!" (essa é pra Camomila... hahahaha)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

E não é que já faz 11 anos?!! =D (à Maira)

Faz uns 5 anos que eu não vejo a Maira... a última vez que a gente se viu foi na 7ª série, em 2001. Mas nos falamos pelo telefone pelo menos uma vez por ano: todo dia 22 de fevereiro, impreterivelmente, eu telefono pra ela. E, pra minha eterna surpresa, ela sempre reconhece a minha voz. Assim que eu digo "Maira?!", ela dá uma pequena pausa e diz: "Lívia!!". É impressionante.

Conheço a Maira desde a primeira série. Ela era muito minha amiga naquela época. Depois de uns 3 anos, ela saiu da escola e só voltou na 7ª série. Por algum tipo de coincidência (??!), o único lugar disponível na classe quando eu cheguei era do lado dela. Ela não ficou nem um mês estudando com a gente. Mas depois disso, a gente meio que se comprometeu a não perder o contato - e até hoje a gente se fala. E, mesmo que muitos digam que minha voz mudou, ela sempre fala que não tem como esquecer a minha voz.

Puxa vida, puxa vida... Depois de onze anos - alguns dos quais nós estivemos distantes uma da outra -, ela não esquece da minha voz, e fica toda alegre quando eu ligo no aniversário dela. E, embora seja aniversário dela, eu é que me sinto presenteada. Porque tem presente maior do que você sentir que deu alegria a alguém que você gosta?!!


Aproveito pra registrar meus Parabéns pra ela, que hoje faz 18 anos, e pra desejar toda a felicidade que ela certamente merece... =))

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Às vezes eu acho que pareço sentimental demais... mas, bah!, tem ocasiões e pessoas que exigem que eu expresse todo o meu apreço!! ;o)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Desabafos de última hora

Quer saber?!!!
Já que eu não consigo escrever um texto decente que sintetize o que se passa comigo hoje, vou aproveitar pra colocar fragmentos do que anda me assombrando... porque eu preciso dar vazão a isso de alguma forma!

Obs.: as frases entre "aspas" são trechos de músicas. As frases entre [colchetes] são pensamentos e idéias próprias, saíram de dentro desta cabecinha aqui. Já as frases entre *asteriscos* são acessos de irritação mesmo.

"Ando tão à flor da pele, qualquer beijo de novela me faz chorar (...) Barco sem porto, sem rumo, sem vela. Cavalo sem sela, bicho solto, cão sem dono, menino bandido. Às vezes me preservo, n'outras suicido" (Flor da Pele, Zeca Baleiro)

*Não enche!!!*

"Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz" (Confesso, Ana Carolina)

[Como é que eu posso ter medo de ficar sozinha quando tem tanta gente que parece gostar de mim? Que direito eu tenho de me sentir triste com tanto amor ao meu redor?]

[Ai, que vontade de chorar]

*VaI PrO InFeRnOoOoO!!!!*

"Who am I to be blue? Look at my family and fortune, look at my friends and my house. (...) And why do I feel so ungrateful?" (Offer, Alanis Morissette)

[-Se eu continuar desse jeito, eu me atiro pela janela antes do final de semana.
-Não. Me atirar pela janela não. Com o medo que eu tenho de altura, não vou conseguir nem me debruçar na janela, quanto mais me jogar!
-Verdade. Tem razão. Mas, como essas estupidezes vieram parar na minha cabeça?
-Sei lá. Deve ser falta do que fazer, excesso de tempo pra pensar besteria. "O ócio é a oficina do diabo".
-Pode ser... será que eu tô ficando louca?
-Acho que não. Loucos não costumam ter consciência de que estão loucos. Ou pelo menos é o que dizem!]

[Estupidezes. Adoro essa palavra]

*Apapoutakeparíu!! >=( *

[Eu não entendo. Definitivamente, eu não consigo entender. Não entendo, não entendo, não entendo. E quem é que pode me explicar?]

Ah... sei lá...

Sempre que vejo pessoas de muita idade, fico olhando e tentando imaginar como será que elas eram quando jovens: o que será que pensavam? Quais seriam seus hábitos, seus sonhos, suas paixões, seus ideais? Como seria essa pele, esse cabelo, esse sorriso há tantos anos atrás?
E, mais, como será que eu vou estar quando chegar a essa idade? O que terá acontecido com minhas idéias, meus hábitos, meus sonhos, minhas paixões, meus ideais?

Aliás... quais são minhas idéias, meus sonhos, minhas paixões, meus ideais?? Às vezes eu penso que não sei...

Umas dúvidas, uns receios, incertezas que eu não sei de onde vêm - e penso que não têm muita razão de ser... ah, sei lá!

***

*Onde Deus possa me ouvir*
(Vander Lee)

Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Que não perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo, um ombro
Onde eu desaguasse todo o desengano
Mas a vida anda louca, as pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender por que se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem e se combatem sem saber

Meu amor, deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui, pode sair
Adeus

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Papéis, papéis, papéis... e quantas lembranças!

Arrumar as minhas bagunças, meus milhares de papéis espalhados por aí, sempre me traz nostalgia... Uma arrumação que levaria pouco tempo acaba se estendendo por horas, porque eu fico lendo e relendo bilhetes, desabafos, citações, declarações, recados, mensagens em código - e sempre acabo dando uma paradinha pra relembrar tudo o que envolveu aquelas palavras, toda a situação que me levou a escrever aquelas notas aparentemente sem nexo...

Desta vez, resolvi me desfazer de livros, apostilas e anotações escolares. E não raro me deparava com palavras soltas nas páginas, desenhos, coisas que pouca gente entenderia - mas que me trouxeram tantas boas lembranças que, quando me dei conta, eu estava sentada no chão, com um monte de papéis à minha volta, rindo de tudo o que aconteceu nesse ano...

O grande problema dessas arrumações é que eu acabo não querendo jogar nada fora - quero manter aqueles pedaços de memória, aqueles registros de como foram boas as coisas que passaram. No fim, eu acabo me convencendo de que minhas boas lembranças não dependem de papéis e de bilhetes (embora seja delicioso revisitá-los de vez em quando), e jogo a maior parte fora - com uma certa dor no coração, confesso ;oP

Mas alguns... ah, alguns eu tenho que guardar! Como os cartões que Camila, Giu e Jessica me mandaram na 7ª série (todos em código), a lista de "elogios" que o Felipe gostava de me fazer (e que eu ainda vou usar contra ele, huhuhuhu), os desenhos que a Camila fazia nas minhas apostilas (o senhor Castor!!!), a última prova de História que eu fiz no ST (cheia de recadinhos meus e da Tati pra Silene), as muitas cartinhas...

E mesmo contra a vontade da minha mãe - que não gosta nada de ver a "papelada" se amontoando por aí -, certos papéis permanecem intactos mesmo após muitas limpezas: as provas documentais de muitos, muitos bons momentos! =)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Sharing lives...

"Éramos três velhos amigos, e cada um estava tão à vontade junto dos outros que não tínhamos o sentimento de estar juntos, apenas estávamos ali. (...) Meses, talvez anos, podem haver passado sem que os três se vissem ou se escrevessem; mas aqui estamos juntos tão à vontade como se o tempo todo tivéssemos feito isso."
(Trecho de "Os Amigos na Praia", de Rubem Braga)

Amizade é um negócio muito muito legal, né não?! Neste final de semana eu pude reafirmar isso, pude sentir como é forte o vínculo entre certos amigos, pude ver que passar mais de um ano distante de alguém não necessariamente diminui a importância e o sentimento que vocês têm um pelo outro.

Quem é que poderia imaginar, em meados de 2001, na 7ª série, que cinco anos depois nós estaríamos ainda juntas, rindo das mesmas coisas (e de outras), nos divertindo como antes, falando de Harry Potter, dizendo bobagens, reunidas "como nos velhos tempos"?!!

Houve um tempo em que eu tinha medo de esquecer, de ser esquecida, de olhar fotos dos tempos de escola e não lembrar dos nomes de gente que um dia foi importante pra mim. Mas aí eu vi que certas coisas a gente não esquece: elas fazem parte de quem a gente é.

Quem tem amigos nunca está só, indepentende da quantidade de pessoas ou de problemas ao seu redor. Por piores que as coisas estejam (ou pareçam), aquele que é amigo sempre encontra refúgio na amizade em si - um alento mesmo no mais denso dos ares.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Ai, que alívio...

Tá bom, tá bom.
Sei que ninguém neste planeta vai entender de verdade por que eu estou aliviada (sim, aliviada) por não ter passado na Unesp.
A hora em que a Carol me disse que o resultado já tinha saído, eu fui olhar as listas com a maior ansiedade, e totalmente dividida: porque ia ser o máximo passar em Medicina na Unesp, mas eu estava super insegura quanto a ir morar em Botucatu tão já.
Procurei, procurei, mas não achei meu nome em nenhuma das listas (nem na de convocados, nem na de espera). E aí eu me senti mais tranqüila.

Agora, explico:

Não que eu não quisesse passar em Medicina onde quer que fosse, ou que eu ache que a Unesp não é tão boa como as outras que eu tinha prestado (Unifesp, Usp e Unicamp).
Só que passar na Unesp implicaria em uma mudança pra Botucatu (!), e a curto prazo (!!)... Ou seja: daqui a um mês eu estaria em uma cidade completamente nova, a mais de 200km da minha casa, sozinha e tendo que me virar. Pra muitos pode ser um sonho, a coisa mais desejada do mundo. Mas não pra mim - pelo menos por enquanto.
Eu sei que pode ser muito bom pra mim fazer faculdade em outra cidade, porque ia me fazer ficar menos dependente da minha família pra tudo, menos enraizada a esta casa, aos amigos de sempre, a estes caminhos da minha vida inteira. Mas eu não sei se quero me livrar dessas raízes tão cedo.
Então dei graças a Deus por não ter sido convocada desta vez, e ganhar mais um ano de prazo pra escolher os meus novos rumos .

Etapa, aí vou euuuuuuuu!!! :oD

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Atenção, senhores passageiros:

Apertem os cintos: vamos iniciar o processo de decolagem. Coloquem suas poltronas na posição vertical e não se esqueçam de fechar e travar suas mesinhas. Em caso de emergência, existem duas saídas à frente da aeronave, quatro dos lados, e duas na parte posterior - sigam as instruções dos comissários e mantenham a calma.Em caso de despressurização da aeronave, máscaras de oxigênio cairão automaticamente sobre suas cabeças. Coloque-a sobre o nariz e a boca, e respire normalmente. Em caso de aquaplanagem, retire o colete salva-vidas que se encontra embaixo do banco, vista-o e puxe as cordas para inflar. Caso não infle, assopre no bocal que fica sobre o ombro direito de cada colete. Caso alguém que esteja sentado próximo às saídas de emergência deseje mais instruções, ou deseje trocar de lugar, consulte nossos comissários.Para mais informações, leiam o folheto explicativo à sua frente, dentro dos bolsões em cada banco. Boa Viagem!

(Seria muito mais legal se desse pra ver a comissária fazendo as demonstrações, mas tudo bem. Não consigo entender por que nunca consegui decorar tudo o que eles dizem - quero dizer, tenho uma idéia clara, mas nunca sei que palavras eles usam. Queria saber, pra acrescentar mais isso ao meu acervo de cultura inútil.)