domingo, 7 de novembro de 2010

Sobre a viagem - parte V (Budapeste)



Buda, o Danúbio e Pest ao fundo, com destaque para o parlamento húngaro.

Budapeste foi, sem dúvida, eleita minha preferida. Logo de cara, o Danúbio me surpreendeu: lindo, coberto de belas pontes e rodeado por uma cidade igualmente bonita. Aí passeamos um pouco, conhecemos Buda - quente, graciosa e com um mirante espetacular - e fomos pro hotel em Pest (um senhor hotel com direito a pantufas pra cada hóspede e essas coisas phynas). Indicaram-nos o café New York, que era ali pertinho, e fomos com roupas e cara de turistas, sem imaginar quão requintado era o ambiente. Mas tudo bem, turista tem direito de ser cafona, usar roupas largadas e ainda ficar boquiaberto com a decoração. Comemos muitíssimo bem por lá e pudemos provar alguns doces húngaros, como as tortas Dobos e Esterházy, além de um pedacinho de fatias Gerbeaud/Zserbó (que veio junto com o café, mas que eles infelizmente não vendiam - eu até quis ir até a Gerbeaud pra comer as originais, mas era meio longe pra ir a pé e estávamos todos bem cansados).
Torta Esterházy. Atrás, torta Dobos.
À noite fomos a um jantar típico húngaro: tomamos palinka (bebida licorosa típica, parecida com anis, de cerca de 40°GL), comemos goulash (sopa/guisado de carne, batatas e páprica) e outras coisas, tomamos o elogiado vinho húngaro e assistimos a uma bonita apresentação de danças típicas. Após o jantar, descemos até o Danúbio (ouvindo uns reggaeton e rumbas) pra um passeio de barco. Simplesmente lindo.
No dia seguinte pudemos conhecer um pouco melhor Pest: visitamos uma das sinagogas da cidade (onde eles emprestam um kipá de TNT pra os homens gói entrarem), o parlamento, a ópera e a basílica de Santo Estêvão - S. István, o rei húngaro e santo que ocupa o altar principal, em vez de Jesus Cristo, e cuja mão direita é exibida diariamente na basílica (mas não vimos).
Dois dias, só dois dias... Mas foi o suficiente pra eu me encantar com a cidade, e com o povo húngaro - que parece ser todo parente da D. Maria e da D. Helena, e que sorri genuinamente quando a gente se esforça pra dizer 'obrigada' na difícil língua magiar ('Közsönöm'), que é diferente de tudo que já se ouviu (tem raízes comuns apenas com o finlandês).
Como muitas cidades do Leste Europeu, Budapeste carece de um pouco mais de cuidados - que, faltando, prejudicam a beleza da arquitetura dos edifícios antigos, que dão todo o charme a uma caminhada rápida pela cidade. Espero poder voltar lá e vê-la restaurada, cuidada, linda como tem que ser.

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