sábado, 26 de setembro de 2009

Sobre os olhos

"Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus resolvem se encontrar
Ah, que bom que isso é, meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar"
(Pela luz dos olhos teus - Tom Jobim/Vinícius de Moraes)


"Foi assim como ver o mar
A primeira vez que meus olhos
Se viram no seu olhar"
(Todo azul do mar - Flávio Venturini)


Eu queria escrever sobre seus olhos. E sobre quando eles me sorriem. E, pensando bem, eu queria poder (saber) escrever sobre tudo o mais: sobre os cabelos, os dentes, os braços, as costas, os pés... E as ideias, as atitudes, as palavras... E sobre este estado quase ridículo de admiração que tudo isso, e mais tantas outras coisas, me causam.
Mas ainda estou, não sei, entorpecida...
Como ao ver o mar Egeu em Mykonos, com inúmeros tons de azul e verde e densamente azul-marinho no fundo (foi lá, aliás, que eu soube exatamente o que era azul-marinho, marinho mesmo). Eu poderia ficar ali olhando, admirada, por dias inteiros.

Queria escrever sobre seus olhos. Mas antes preciso (quero) mergulhar neles mais uma vez. Mais uma vez...

domingo, 13 de setembro de 2009

Sobre os ETs e os montes

.: Meg/Bombs :. diz:
pronto, escrevi do disco voador [que vimos nesta tarde. Inegavelmente um disco voador. Dois, na verdade. Mas o segundo talvez fosse só um avião mesmo]
cuidado essa noite, nós somos testemunhas oculares
~Lívia~ diz:
verdade
acho que vou colocar no twitter: se eu estiver estranha amanhã, foram os ETs. fujam para as montanhas!
.: Meg/Bombs :. diz:
hahahaha não é pros lagos?
~Lívia~ diz:
não
"Run to the hills
Run for your lives"
.: Meg/Bombs :. diz:
hahahaah não conheço
mas acredito
aaah a gente já mora no monte alegre
é um monte
e é alegre
sobreviveremos

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre super-poderes (?)

Primeiramente, claro, eu queria poder me teletransportar. Pra poder jantar em casa na sexta (ou em qualquer outro dia), passear em São Paulo sem ter que encarar o trânsito caótico, visitar os amigos sempre, enfim: me locomover à vontade sem ficar à mercê das condições de tráfego, da distância, do clima, da carona, do transporte público, da boa-vontade (alheia e própria), etcétera, etcétera.
E queria que, de algum jeito, eu pudesse conjurar uma imagem do que estou pensando sempre que me desse vontade. Igual aquelas 'lousas virtuais' de que se fala na tevê, interativa e tudo mais. Pra quando eu quiser falar naquele ator que não sei o nome e que só fez uma ponta em uma novela antiga, eu projetar a imagem dele no ar e as pessoas (geralmente minha mãe) dizerem: "Aaaaah, sei". Ou pra quando eu quiser reproduzir um sonho que tive, ou uma situação pela qual passei, ou outras tantas situações que eu imagino.
Como complemento a essa função, eu queria também que meus olhos pudessem tirar fotos e gravar vídeos - porque não é sempre que dá pra sacar o celular, e mesmo quando dá, nem sempre fica do jeito que eu queria que ficasse (que é o jeito como eu vejo).
Eu queria uma espécie de Ctrl+F nos livros, porque toda vez que eu procuro determinada passagem importante, ela some das minhas vistas.
Eu queria ler pensamentos. Na verdade não sei se queria, tenho medo do que alguns deles poderiam revelar. Mas o House disse que "É melhor saber do que não saber", e provavelmente ele tem razão. Ou talvez eu queira mesmo é ser telepata - ainda não sei se é exatamente a mesma coisa.
Eu queria poder ficar invisível e etérea, pra poder observar as pessoas sem que elas soubessem disso. E, talvez, eu não esteja tããão longe disso. Em certos momentos, eu tenho certeza de que ninguém me vê, e fico assistindo as agitações humanas como um alienígena que chegou ontem e está tentando entender algo daquilo tudo que lhe parece tão estranho.